Argumentário Monárquico
O blog Argumentário Monárquico apresentou excelente matéria sobre a divulgação da causa monárquica. Tão importante o texto e tão de acordo com o pensamento do Movimento Monarquia em Ação que aqui o publicamos:
1 - Ordem de importância dos argumentos
Em recente pesquisa de opinião, realizada entre os leitores do Correio Imperial, solicitou aos seus leitores que escolhessem qual a melhor linha de divulgação dentre as opções apresentadas. Tabuladas as respostas, verificou-se a seguinte ordem de preferência:
Primeira - A postura eclética que reúne as três opções abaixo;
Segunda - Utilizar o poder de encantamento da monarquia;
Terceira - Apresentar as vantagens da forma monárquica de governo; e,
Quarta - Mostrar as mazelas e contradições da forma republicana de governo;
A primeira e a segunda linha, encontram defensores entre aqueles que se dedicam ao estudo teórico e histórico das formas políticas.
A terceira é menos teórica, como no caso da posição do escritor Ariano Suassuna (é bem conhecida sua sentença: "A monarquia é mais bonita do que a república"), bem como a do monárquico português Soveral (sua linha pode ser resumida pelo seguinte trecho de um de seus artigos: "Mas tudo isto, podendo ser explicado, detalhado, somado e diminuído, tem sobretudo de ser sentido. Daí, desde logo, que a nova estratégia monárquica tenha de ganhar autenticidade, associando-lhe ao tradicional debate das suas vantagens racionalizadas a força de um movimento de adesão intuitiva e emocional, a que normalmente se chega sem muitas explicações mas com muita fé").
Para utilizar o poder de encantamento da monarquia, recomenda-se:
a ) a contínua apresentação da Família Imperial Brasileira. Toda divulgação monárquica deve citar Sua Alteza Imperial e Real o Chefe da Casa Imperial do Brasil, Dom Luiz de Orleans e Bragança. monarquistas);
b ) a divulgação de eventos monárquicos com toda "pompa e circunstância" que os cercam.
Nota 1: Não se discute questões dinásticas. Dom Luiz é o Chefe da Casa Imperial. Sabemos que existem falsos monarquistas que, a cada dia, inventam uma novidade. Apresentam um outro príncipe que poderia ser o que não é e nunca será. Falam em uma nova dinastia que ainda não existe e jamais virá à lume. São numericamente insignificantes. Nada mais querem do que atrapalhar ao máximo o inevitável: a restauração da monarquia parlamentar no Brasil. Pessoas deste tipo existem em todos os países do mundo que têm tradição monárquica. Pertubam no Reino da Dinamarca, contestam a Rainha da Inglaterra, são contra o Rainha de Copas e o Rei Momo. Se dizem do contra. Não são nada.
Para apresentar as vantagens da forma monárquica de governo, bem como para mostrar as mazelas e contradições da forma republicana é importante ter em conta:
a ) os fatos históricos;
b ) dados estatísticos que mostram a superioridade e as vantagens da forma monárquica de governo;
c ) a teoria monárquica.
Contudo, é preciso que se guarde a devida proporção dos argumentos mantendo sempre a prioridade dos elementos brasileiros. Se apegar demais à teoria ou a eventos internacionais pode causar a impressão de estar fora da realidade.
Nota 2: Existem algumas afirmações falsas a respeito do nosso Brasil que, de tão repetidas, acabam parecendo verdades. Uma delas diz que o Brasil foi o último país do mundo a abolir a escravidão. Não foi.
O último país do mundo a abolir a escravidão foi a Arábia Saudita em 1962. E não foram apenas os países árabes que adentraram pelo século XX mantendo a escravidão.
No nosso Brasil, a abolição da escravatura ocorreu em maio de 1888. Em alguns estados de nossa terra, bem antes desta data, nossos irmão negros já eram livres.
Se compararmos o Brasil com os Estados Unidos, logo veremos que os norte-americanos só aboliram a escravatura vinte e poucos anos antes da Lei Áurea. (Em termos de históricos, este intervalo de tempo é mínimo.)
Há de se ter também em conta que, em nossa terra, a abolição foi pacífica. Na América do Norte, foi preciso uma guerra civil que destruiu grande parte do país. Os estados do sul e sua população foram massacrados.
Mas não se pode atribuir à abolição a posição de fato único na libertação dos escravos. Quando da assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel, a lei do ventre-livre e a dos sexagenários já haviam reduzido o número de escravos a bem menos de um quinto do que era antes.
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