Entrevista de Dom Luiz para a Revista "Aventura na História"

Apresentamos a seguir a introdução à entrevista que Dom Luiz concedeu para a revista “Aventura na História”. Trechos da entrevista serão publicados posteriormente.


Nas veias deste homem corre o sangue de santos católicos, reis cruzados e heróis nacionais. Se o Brasil não tivesse se tornado uma república, em 1889, hoje ele seria imperador.
Mas Luiz Gastão Maria José Pio de Orleans e Bragança nunca usou uma coroa, não tem grandes feitos em sua biografia e sabe que as origens são seu maior tesouro. Trineto de dom Pedro II e bisneto da princesa Isabel, ele exalta a nobreza nos adjetivos pomposos que usa e no broche com o brasão real que leva na lapela do terno.
Aos 69 anos e caminhando com a ajuda de uma bengala por conta da poliomielite que o acometeu na infância, dom Luiz, como é conhecido no círculo monarquista, tornou-se herdeiro do trono quando o primogênito da princesa Isabel, Pedro de Alcântara, renunciou ao cargo ­ ao se casar, em 1908, com uma condessa que não pertencia a nenhuma das famílias reais européias. Em razão desse affaire, o direito de reinar foi dado ao irmão mais novo de Pedro, Luiz, que passou a herança dinástica e o mesmo nome ao neto, atual chefe da Casa Imperial do Brasil.
Dom Luiz vive da ajuda daqueles que, como ele, sonham com a volta da monarquia a estes trópicos. Membro da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP), ele diz que o plebiscito de 1993 foi uma fraude, que o Brasil não precisa de reforma agrária e que a "república é uma lenta decadência". Longe de ter a vida de um rei, mora numa confortável casa no bairro nobre do Pacaembu, em São Paulo (SP) ­ decorada com imagens, brasões e lembranças da família real ­, onde recebeu Aventuras na História para esta entrevista. O homem que sonha em ser monarca relembra tempos que não viveu. Solteiro, mas com 17 sobrinhos, filhos de 7 dos seus 11 irmãos, ele diz que somente um "desastre de primeira grandeza" acabará com a linha sucessória.


“Aventura na História” 200 anos da Família Real no Brasil p.59

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