BANDEIRAS MONÁRQUICAS E ENSAIOS FOTOGRÁFICOS ERÓTICOS EM PORTUGAL: SOBRESSALTO E NARCOSE

André F. Falleiro Garcia

Editor do site http://www.sacralidade.com

Primeiro, Lisboa "acordou Reino de Portugal". Depois, Cascais. Será que a nação lusitana acordou mesmo do pesadelo republicano? Ou apenas despertaram jovens monarquistas ousados?


De fato, despertou admiração em Portugal o gesto atrevido de um grupo monarquista, os blogueiros "31 da Armada", que no dia 10/08/09 hasteou nos Paços do Concelho (atual câmara municipal de Lisboa) a bandeira da monarquia no lugar da bandeira da Municipalidade. O gesto simbólico dos monárquicos (assim são chamados os monarquistas portugueses) ganhou destaque na mídia e foi criticado pelos republicanos.


Alguns dias depois (20/08/09), na Cidadela de Cascais várias bandeiras monárquicas foram hasteadas pelos blogueiros "Conjurados do Século XXI". No topo do forte e nos dois candeeiros em frente da entrada viam-se as bandeiras com as cores azul e branca. Até a estátua do Rei D. Carlos (foto acima) ostentava uma bandeira monárquica. Em postes foram colocados autocolantes com o escudo nacional. O vídeo da aventura noturna pode ser visto neste endereço.

O presidente da Câmara de Cascais considerou que se trata de um "gesto gratuito que em nada favorece a causa monárquica". De acordo com fonte da câmara municipal a bandeira hasteada na cidadela foi retirada por um funcionário da própria cidadela. [1]

A voz dos "sensatos" ou "prudentes" logo se fez ouvir para desqualificar a ousadia desses jovens que recorda o dito de Claudel: "A juventude não foi feita para o prazer, mas para o heroísmo". Sem embargo, a república, desprestigiada e corrupta, tem hoje o gosto do champanha aberto na véspera e não empolga a juventude portuguesa.

Vale notar que foi realizada sem "autorização", no Padrão dos Descobrimentos, ensaio fotográfico noturno de Susette Verde, a expor sua nudez em monumentos nacionais, para a edição de agosto da revista Playboy, conforme informou o jornal português Correio da Manhã. E é claro que a respeito das fotos eróticas — também tiradas sem "autorização" — os mesmos "sensatos" ou "prudentes" se calaram.

Os dois tipos de manifestação — as bandeiras e o ensaio fotográfico — ilustram, cada um a seu modo, as atuações da Contra-Revolução e da Revolução Cultural.

A erotização da memória nacional promovida pelo ensaio fotográfico é um atentado contra a sacralidade dos monumentos nacionais. Corrói nas mentalidades os fundamentos do amor à Pátria. É o modo da Revolução neocomunista conquistar a opinião pública pela deterioração moral e cultural sem disparar um só tiro. E isso em certa medida foi notado, como registrou o Correio da Manhã: "Além de alguns leitores se terem sentido ofendidos com o erotismo das imagens em locais que consideram 'sagrados', a revista, ao que o CM apurou, não pediu autorização a qualquer entidade para fotografar em monumentos nacionais". [2]

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